Presidente pensou em ‘virar técnico’

Depois de ser expulso do banco de reservas, na partida contra o Nacional-AM, no jogo de volta da segunda fase da Copa Verde, na Arena da Amazônia, o agora técnico Agnaldo de Jesus vai a julgamento em plenária no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) amanhã (21). Ainda na função de auxiliar-técnico, ‘Seu Boneco’ foi enquadrado no artigo 254ª, que prevê suspensão de um a seis jogos, em caso de punição.

O artigo define a falta imposta ao técnico por “Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”. O departamento jurídico do Clube do Remo já acionou o advogado Osvaldo Sestário, que tentará, no Rio de Janeiro, adiar o julgamento até que a defesa seja apresentada e a equipe possa atuar sem perda de comando técnico.

Se Agnaldo de Jesus for punido, o Remo vai perder o treinador para o clássico decisivo contra o Paysandu, neste domingo, pelas semifinais da Copa Verde. Por isso, o presidente Zeca Pirão pensou numa solução no mínimo inusitada: comandar o time à beira do campo. “Nesse momento precisamos de uma pessoa de pulso firme para estar com os jogadores. E eu sei do carinho e respeito que eles têm por mim. Então, eu me coloco à disposição para ajudar, trocando informações com o Agnaldo. Eu sou presidente do Remo, mas nesse momento importante eu me coloco como um torcedor, que faz de tudo para ajudar a instituição”, frisou Pirão, colocado à disposição, uma vez que o time não possui auxiliar técnico.

Ontem pela manhã, a intenção do dirigente estava de pé, com ele inclusive dando a entender que seria preciso “pulso firme” para estar à frente do grupo. No entanto, ao saber que a medida era impossível, Pirão descartou a proposta e agora corre atrás de outra solução. “Eu infelizmente não poderei estar em campo. A CBF não autorizou”, lamentou.

(Diário do Pará)