Pleno do STJD define o campeão da Copa Verde

Torcedores, jogadores e diretores do Paysandu voltam suas atenções hoje para o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, que, a partir de meio-dia, deve começar a colocar fim à batalha judicial travada entre Paysandu e Brasília-DF, pelo polêmico título da Copa Verde. A taça foi levantada em campo pelo time candango, mas o Papão, alegando a irregularidade de atletas do adversário, conseguiu reverter a conquista na primeira comissão disciplinar do tribunal. O Brasília recorreu ao pleno, última instância na esfera da justiça desportiva.

O caso deveria ter sido apreciado no dia 14 de agosto, mas a interdição do aeroporto Santos Dummont, no Rio, por três horas, devido ao mau tempo, impediu que alguns dos auditores e o presidente da corte, Caio César Rocha, participassem da sessão, que ainda chegou a ser suspensa por duas horas, antes de ser adiada. O pleno do STJD é composto por nove auditores, entre eles o presidente da corte, que tem em seu poder o chamado voto de minerva, que serve para o veredito em caso de empate.

O julgamento decidirá, de uma vez por todas, com quem ficará o título da Copa Verde, cujo campeão tem vaga na Copa Sul Americana de 2015. O Papão mantém a alegação de que o Brasília utilizou os atletas Gilmar, Índio, Fernando e Igor de forma irregular no torneio, já que todos eles tiveram seus nomes incluídos no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fora do prazo regulamentar.

Em sua defesa, o Brasília alega que enviou a documentação dos jogadores dentro do prazo e que a demora na publicação se deu por falha técnica do site da CBF. O episódio culminou, inclusive, com o afastamento do até então diretor do Departamento de Registros e Transferências da CBF, Luiz Gustavo Vieira, que chegou ratificar perante a primeira comissão disciplinar a falha técnica alegada pelo Brasília. Mas, em contra-ataque, os advogados do Paysandu apresentaram registro de outros atletas, inclusive de clubes do próprio Distrito Federal, feitos no mesmo prazo que deveria ter sido seguido pelo Brasília.

(Diário do Pará)