Flávio Caça-Rato critica diretoria e pede desculpa

A história do atacante Flávio Caça-Rato no Clube do Remo pode ser definida em dois momentos totalmente distintos: na chegada, dia 8 de janeiro, cerca de cinco mil pessoas o receberam aos gritos no aeroporto internacional de Belém.

Quase três meses depois, o apagar das luzes veio numa saída tímida, cercada de críticas e nenhum aplauso. Foram apenas três gols marcados e uma desconfiança constante que o fizeram deixar a capital ainda com oito meses de contrato pela frente.

E como todo término conturbado, não faltou farpas do lado do atacante, que reclama da falta de compromisso da diretoria.

“Não sou só eu que não estou feliz. O clube deve todo mundo, mas ninguém fala. Eu estou no meu limite, tenho obrigação e sou ser humano como todo mundo. Qualquer funcionário precisa receber. Isso que pesou pra eu não querer ficar no Remo”, esclareceu, embora diga que fica na torcida.

“Também tenho problemas particulares, e estou decidido a deixar o Remo. Infelizmente tenho que fazer isso, mas vou torcer pelo Remo, pois é um clube que necessita e tem uma bela torcida”, ressalta.

No fundo, embora diga que o Remo tem adotado uma postura antiprofissional, o CR7 do Agreste admite que não rendeu o esperado e deixa um pedido à torcida azulina.

“Eu sei que não dei totalmente o que podia render. Sei do meu potencial, mas é como eu digo, às vezes não dá em um canto, dá no outro. Agora o bom rendimento vai do dia a dia. Você não rende se tiver com a cabeça em outro canto. Torcedor, me desculpe por não ter feito aquilo que vocês esperavam. Eu tenho a consciência que poderia ter rendido mais, mas não dá”, concluiu.

(Diário do Pará)