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POLÍCIA

Casal é morto na frente dos filhos

O olhar perdido de um garotinho de dois anos, com as mãos sujas de sangue, mostrava a crueldade de um crime que chocou moradores do bairro do Sideral, em Belém. Na madrugada de ontem, um homem e uma mulher foram executados enquanto dormiam ao lado dos trê

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O olhar perdido de um garotinho de dois anos, com as mãos sujas de sangue, mostrava a crueldade de um crime que chocou moradores do bairro do Sideral, em Belém. Na madrugada de ontem, um homem e uma mulher foram executados enquanto dormiam ao lado dos três filhos, em uma casa de apenas um cômodo, localizada em cima de uma ponte, na passagem União, próximo à rua Esperantista. Segundo a polícia, André Guimarães Pinto, 22 anos, vulgo ‘Café’ e Carla Maiara Rayol Eloi, 23, foram mortos por um grupo de quatro homens que invadiram a casa e efetuaram vários disparos contra as vítimas, não dando nenhuma chance de defesa para o casal.

“Foi um crime motivado por ‘acerto de contas’ ligado ao tráfico de drogas, isso ficou bem claro pelas informações colhidas pela polícia. Mas o que mais assusta nesse caso é a crueldade dos bandidos, que executaram o casal, com pelo menos oito tiros, na frente das crianças que moravam na casa. “Uma menina de quatro anos, um menino de dois anos e um bebê de apenas quatro meses, que podem ficar traumatizados pelo resto da vida com a cena que foram obrigados a assistir”, relatou a delegada Claudia Renata Guedes, da Divisão de Homicidios.

Conforme relatos de policiais militares, quatro homens armados chegaram de motocicleta ao local do crime, desceram por um córrego que fica embaixo da casa, sustentada por uma ponte, e arrombaram a porta dos fundos da residência. “Pelas características da cena do homicídio, a gente acredita que os bandidos ainda chegaram a procurar dinheiro das vítimas, pois há muitas gavetas abertas e objetos revirados por toda a casa”, afirmou o tenente Luciano Mangas, da 4ª Companhia, do 1º Batalhão da PM.

Além das portas dos fundos, os homens também arrombaram a porta da frente da casa, por onde provavelmente tenham fugido. Na entrada, o nome de toda a família escrito ao lado da mensagem “Deus habita esse lar”, dava boas vindas aos visitantes. Dentro da casa, brinquedos com marcas de sangue e roupas espalhados por toda parte. Na cama, as vítimas lado a lado, com parte do corpo cobertas por um lençol, na mesma posição em que, provavelmente, eram acostumadas a dormir.

ACERTO DE CONTAS

De acordo com a delegada responsável pela equipe da Divisão de Homicidios, o pai das crianças tinha envolvimento com o tráfico de drogas no bairro e o crime teria sido motivado por dívidas com traficantes. “O tráfico de drogas não perdoa, quem deve, morre. Essa é a lei do crime. E o caso do André foi mais um caso de acerto de contas. Apesar dos familiares dele dizerem que ele já estava afastado da criminalidade há vários meses, esse crime mostra o contrário. Provavelmente a vitima devia para traficantes sim, e os bandidos foram cobrar a dívida”, explicou.

Vizinhos das vítimas, que preferem manter o anonimato, confirmaram a versão apresentada pela polícia. Segundo um morador da área, André Pinto vendia entorpecentes na própria residência e era conhecido por cometer alguns crimes no bairro. “Meses atrás o Café foi baleado numa troca de tiros com a polícia por conta de um roubo aqui mesmo no Sideral. Parece que ele roubou e tentou se esconder nessa mata aqui do bairro, mas na fuga acabou levando um tiro na perna, tanto que ultimamente ele usava uma muleta para andar”, revelou um vizinho.

TESTEMUNHAS DO CRIME

Assim que ouviram disparos de tiro e logo depois choro de crianças vindo do casebre de madeira, vizinhos das vítimas foram ao local e encontram os três filhos do casal sujos de sangue ao lado das vítimas. “Foi horrível. Ver o olhar daquelas crianças assustadas, não tendo ideia do que estava acontecendo e chamando pelo nome dos pais”, revelou uma das mulheres que ajudou a retirar as crianças da casa.

A cena de uma mulher limpando as mãos ensanguentadas das crianças, em frente a uma casa de madeira, a poucos metros do local do crime, chamava atenção de quem passava pelo local. O olhar perdido de um dos filhos do casal, um menino de dois anos, enquanto a vizinha o limpava, dava a dimensão da crueldade do crime. “Ele pode até não saber do que está acontecendo agora, mas certamente isso vai ficar marcado na memória dele”, comentava uma vizinha, enquanto oferecia café da manhã para o menino.

O caso será investigado pela Divisão de Homicídios em parceria com a Seccional Urbana da Marambaia.

(Diário do Pará)

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