Esposa de PM lutava por causas sociais

Feliciana Mota, esposa do sargento Antônio Hélio Borges, da Polícia Militar, e mãe de duas adolescentes, é mais uma vítima da criminalidade no Pará. Ela morreu baleada dentro do automóvel do marido, durante a fuga de três assaltantes, na tarde desta quinta-feira (7), em Belém.

Membro da Associação dos Familiares da Polícia Militar, Feliciana é conhecida por ser engajada em causas sociais e por cobrar melhorias na segurança pública. “Ela era o cérebro de todos, tinha disponibilidade para lutar pela causa dos militares, sempre presente nas viagens, reuniões e tudo que fosse feito para ajudar”, destaca o presidente da Associação dos Policiais Militares, Rosicley Silva. “Não era PM, mas tinha o sangue de uma.”

A advogada da Associação dos Policias Militares e Bombeiros, Marciene Lima, também enfatiza a luta de Feliciana. “Uma ótima pessoa. Batalhadora, corria atrás dos seus objetivos. Uma mulher bastante ativa.”

Ainda de acordo com a advogada, o casal vivia junto há mais de 10 anos e iriam oficializar a união em breve.

“Antes de ontem (5) estive com ela para acertar os detalhes da união, que seria realizada no dia 13 de dezembro. Cheguei a dar entrada nos documentos da união”, lamenta Marciene.

Nas redes sociais, amigos e entidades fizeram homenagens.

Imagens: Reprodução/Facebook

Pará tem o segundo maior número de homicídios

No último domingo (3), uma pesquisa realizada pelas secretarias de segurança das 27 unidades da federação para o Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostrou que o Pará está em segundo lugar em número de homicídios - atrás apenas do Estado do Alagoas.

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), Rubens Teixeira, somente este ano, 32 policiais civis e militares morreram no Pará.

(Ana Paula Azevedo/DOL)