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Policiais vão às ruas e podem entrar em greve

“E a deixar de manter esse brilho, preferimos mil vezes a morte!”. O Hino do Pará foi usado na noite de ontem para extravasar o sentimento de dezenas de servidores da segurança pública do Estado. As mortes de policiais militares este ano, somado à revolta

“E a deixar de manter esse brilho, preferimos mil vezes a morte!”. O Hino do Pará foi usado na noite de ontem para extravasar o sentimento de dezenas de servidores da segurança pública do Estado. As mortes de policiais militares este ano, somado à revolta pela morte de Feliciana Mota, mulher do sargento Hélio Borges, que segue internado no Hospital Metropolitano, levaram PM’s, bombeiros e policiais civis a caminhar pelas ruas de Belém exigindo negociação com o governo do Estado.

Em comum nas pautas de reivindicações está o pedido por melhores condições de trabalho. A passeata teve saída da Assembleia Legislativa do Estado (AL) e foi finalizada em frente à Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada na avenida Magalhães Barata. A assembleia programada para acontecer no final da tarde de ontem no intento de deflagrar uma greve dos policiais civis e militares do Estado do Pará acabou não acontecendo.

Uma possível greve da Polícia Militar dependerá do resultado da reunião marcada para a manhã da próxima terça-feira (12), em local a ser definido. “Vai depender do que o governo tem a nos dizer. Estamos dispostos a ouvir”, frisa o sargento Walmir Teixeira, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros Militares do Pará (Apomibomp).

Os militares pedem 30% de risco de vida e gratificações por dedicação exclusiva e tempo integral. “Estamos desde agosto esperando resposta do governo e ele não nos recebe”, completa.

Até ontem, 30 policiais civis e militares tinham sido mortos no Estado. Hoje, após o enterro de Feliciana, por volta das 10h, no Cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, uma nova caminhada deve ser realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol) em protesto, no percurso Prefeitura-São Brás.

“Ela era mais polícia do que muito polícia que tá ai, atrás de gabinete e de DAS”, esbravejou Pablo Farah, diretor jurídico do Sindpol. Na segunda- feira (11), o sindicato vai protocolar na Justiça o aviso de greve dos policias civis. Na quarta- feira (13), a categoria delibera sobre a realização ou não da greve. Eles reivindicam incorporação do abono, isonomia de nível superior a todos os servidores e progressão funcional.
“É a primeira vez, para se ter ideia, que os servidores da área de segurança estão em acordo para cobrar do governo que seus direitos sejam respeitados”, destaca Farah. “Um governo que vira as costas para a segurança pública, vira as costas para a sociedade”, destacou Gibson Silvio, vice- presidente do Sindpol. Já os Bombeiros Militares esperam contemplação na reunião de terça- feira. Eles consideram que os 30% e as gratificações são pautas que interessam a policiais e bombeiros militares e não podem ser desmembradas ou beneficiar um e deixar de beneficiar outro.

O foco maior da caminhada foi a repercussão do assassinato de Feliciana Mota, de 49 anos, membro extremamente atuante e uma das fundadoras da Associação de Familiares da Polícia Militar, ocorrido anteontem durante um assalto no bairro do Comércio, ocasião em que seu companheiro, o PM Antônio Hélio Borges, também foi alvejado.

CAMINHADA

A caminhada chegou a interditar por alguns minutos o trecho da avenida 16 de Novembro onde o crime aconteceu, momento em que velas foram acesas e colocadas no asfalto, enquanto um caloroso Pai Nosso era entoado pelos manifestantes.

A chuva insistente que ia e vinha não calou a indignação dos participantes. Rubens Teixeira, presidente do Sindpol, bradou ao microfone sobre uma notícia que teria sido divulgada pela entidade anunciando greve em todos os setores da segurança pública durante o dia pelas redes sociais e que foi rechaçada pelo Governo do Estado em nota oficial porque usava o termo “caos”.

“Não é nenhuma mentira. Direitos humanos parece que só existem para bandidos”, atacou, emocionado. “O tiro que matou Feliciana atingiu a todos que desejam viver numa sociedade de paz”, observou Iranilde Russo, que faz parte do Movida.

Os vereadores Sandra Batista (PC do B) e Fernando Carneiro (PSol), além do deputado Alfredo Costa (PT) também subiram ao carro de som para prestar solidariedade. “A intransigência do governo está causando tudo isso. Gasta milhões em propaganda mas pode cortar outros tantos milhões em investimentos na área da segurança ao revisar o Plano Plurianual”, denunciou o petista.

A votação pelo estado de greve deveria acontecer em São Brás, na Praça do Operário, onde seria o destino final da caminhada, mas o movimento terminou em frente à Delegacia Geral.

(Diário do Pará)

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