R$ 150 milhões em propaganda do governo

Além do “esquemão” com as ORM, que todo mundo sabe mas finge que não sabe, revelou-se no mês passado, com informações divulgadas pelo jornalista Paulo Leandro Leal, dono do blog Santareno VioNorte, e que foram reproduzidas pelo DIÁRIO, que o jornalista Ronaldo Brasiliense é um dos que molham o pé no rio de Jatene controlado por Bezerra: em troca de gordas quantias, estimadas em cerca de R$ 70 mil ao mês, Brasiliense usa seu tabloide “O Paraense” para falar mal da oposição ao PSDB, ao mesmo tempo em que o enaltece.

Apelidado de “Totó do Orly” pela jornalista Ana Célia Pinheiro, do blog Perereca da Vizinha, Brasiliense reforçou a veracidade do deboche ao se descuidar e deixar à vista, recentemente, e-mails que comprovam a anuência prévia de Orly a tudo que ele escreve no sentido de favorecer o governador do Estado.

PROPAGANDA

Até o fim de seu atual mandato, que termina em 31 de dezembro deste ano, Jatene terá derramado nada menos que R$ 150 milhões em uma propaganda, no mínimo, suspeita, que usa e abusa de seus “parceiros” para difundir avanços invisíveis e pouco críveis, como os de que não faltam mais delegados de polícia no interior, ou de que os professores estaduais têm pisos salariais dentre os mais altos do país, ou de que faz todo o sentido comemorar um terminal hidroviário em Belém reformado por absurdos R$ 19 milhões, enquanto os portos interioranos oferecem estrutura mínima negativa para embarque e desembarque.

Amante declarado da pescaria, é curioso que logo ele, Simão Jatene, ache que a população não perceba quando alguém tenta contar “causos” como se fossem verdades, por mais bem financeiramente enfeitados que eles sejam.

A reportagem buscou o Ministério Público Eleitoral por e-mail e por telefone para comentar o teor do encarte sobre o Municípios Verdes veiculado em O Liberal no dia 25 de junho e recebeu a informação de que a demanda foi encaminhada ao procurador regional eleitoral, Alan Mansur. Vale lembrar que o MPE se manifestou em maio último sobre peças de propaganda do governo do Pará que se configuravam como propaganda eleitoral antecipada.

(Diário do Pará)