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Cenário da nova Santa Casa já é de precariedade

Imagens feitas pela RBATV no novo prédio da Fundação Santa Casa, a Unidade Materno Infantil Dr. Almir Gabriel, mostram a dura realidade dentro do hospital. A reportagem foi ao ar ontem e reporta às precárias condições em que estão alojadas as pacientes

Imagens feitas pela RBATV no novo prédio da Fundação Santa Casa, a Unidade Materno Infantil Dr. Almir Gabriel, mostram a dura realidade dentro do hospital. A reportagem foi ao ar ontem e reporta às precárias condições em que estão alojadas as pacientes e ainda a falta de responsabilidade em manter materiais cirúrgicos usados fora do alcance das pacientes e bebês.
As imagens veiculadas pela RBATV mostram que a sala onde ficam as mulheres que tiveram filho de parto normal já está superlotada e as mães que acabaram de ter seus filhos aguardam no corredor da maternidade.

Nas imagens, é possível ver uma delas deitada em uma cadeira de acompanhantes com os pés apoiados em uma outra cadeira. Em outro momento, é flagrada uma paciente sentada em uma cadeira de rodas já em trabalho de parto aguardando por um leito. No corredor, a acompanhante senta em uma das lixeiras plásticas do hospital.

Em entrevista à RBATV, servidores da Santa Casa que pediram para não ser identificados por medo de represálias, disseram que a situação do hospital é caótica. “Diariamente, a Santa Casa está em estado terrível e a gestão atual não toma nenhuma providência, sendo que o risco maior não é só do paciente em si, mas do servidor também com esse grande risco de infecção hospitalar”, reclamou.

“A gestão atual é fictícia na Santa Casa, ela não vê nada. Se você fizer uma entrevista com ela, ela não vai saber nem qual é o atendimento diário do hospital. Há um grande risco de acontecer uma tragédia, uma infecção generalizada”, contou.

SUS

Na sala de recuperação, as mães estão em macas, o que é errado, de acordo com as normas do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma paciente que há pouco tempo havia sido operada encontra-se deitada em uma maca em frente ao lavatório dos médicos e o saco coletor, material que deveria ser usado para armazenar a urina da paciente através de uma sonda, é substituído por um frasco de soro. Este é mais um procedimento contrário às normas do SUS.

Ainda pelos corredores, há um cesto com saco vermelho chamado de hamper, usado para guardar tecidos utilizados em procedimentos e que, por sua vez, pode ter lençóis contaminados e sujos de sangue. Pelas normas do SUS, os pacientes jamais devem ficar no mesmo ambiente do hamper.

Foram flagradas também caixas cirúrgicas, contendo bisturis, tesouras e demais aparelhos cirúrgicos sujos e contaminados, sendo transportadas por um carrinho de supermercado. Segundo as normas do SUS, o correto é transportar esse tipo de material em carrinho fechado.

“Isto é condenado pelo Ministério da Saúde, pois alastram-se bactérias pelo ambiente, colocando em risco pacientes e funcionários. Se essas bactérias voltarem ao setor de neonatologia, como as crianças nascem sem nenhum tipo de resistência, pode sim haver uma mortandade”, disse um servidor da Santa Casa à RBATV.

Por último, são mostradas as condições em que os parentes e acompanhantes aguardam na sala de espera. “Na verdade, a Santa Casa é uma frente bonita, é um prédio bonito, mas hoje ela não tem condição nenhuma de tratamento ao usuário”, definiu um servidor sobre a situação em que se encontra o hospital que deveria ser referência no atendimento materno-infantil do Estado.

SANTA CASA

Em nota, a Fundação Santa Casa do Pará afirma que uma equipe formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e técnicos das mais variadas áreas da saúde trabalha em escalas de plantão nas 24 horas do dia.

Disse ainda que a instituição tem o perfil de maternidade de alto risco, mas acaba atendendo muitas pacientes que não se encaixam nesse perfil, devido à grande demanda que recebe.

Afirma que, mesmo assim, a equipe multiprofissional atende para que nenhuma paciente fique sem atendimento e que essa decisão acaba gerando, em determinados momentos, a superlotação, diz a nota, afirmando que estas são situações atípicas.

A nota ainda afirma que, mesmo com a grande demanda, os níveis de infecção hospitalar estão dentro dos padrões determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

(Diário do Pará)

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