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Ensino no Pará é um dos piores do país

A divulgação das notas das escolas públicas estaduais do Pará, no Enem 2014, comprovam aquilo que vem sendo anunciado ao longo dos últimos anos: o estudante paraense chega ao final do Ensino Médio sem ter capacidade de entender textos narrativos longos e

A divulgação das notas das escolas públicas estaduais do Pará, no Enem 2014, comprovam aquilo que vem sendo anunciado ao longo dos últimos anos: o estudante paraense chega ao final do Ensino Médio sem ter capacidade de entender textos narrativos longos e com vocabulário complexo. Também não consegue resolver problemas matemáticos. Os alunos não conseguem se expressar textualmente da maneira adequada, conforme mostram as notas das redações do Exame Nacional do Ensino Médio.

Entre os 50 piores resultados de escolas da rede pública estadual do Pará, a maior nota na redação do Enem 2014 foi 450,2, obtida pelos alunos da Escola Estadual Luiz Paulo Martires, de Bragança. Já a pior nota das estaduais paraenses foi 294,5, obtida pelos alunos da Escola Estadual Professora Carmem Cardoso Ferreira, de Abaetetuba. Alunos da escola mais bem pontuada do Pará, a instituição privada de ensino CEI, de Icoaraci, tiveram nota 781,4 na redação.

Com a ajuda de especialistas da área da educação, o DIÁRIO fez uma análise dos 50 piores resultados de escolas públicas paraenses. O objetivo foi encontrar um denominador comum entre estas escolas, que possa estar influenciando no baixo índice de aprendizado, entre eles o IDH dos municípios; alta taxa de evasão versus o índice de permanência na escola; ou nível socioeconômico.

Mas nenhum destes fatores batem com o resultado divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Apenas três das 50 escolas analisadas tiveram o indicador de nível socioeconômico com conceito “Muito Baixo”: a Escola Estadual Padre João Boonekamp, de Cametá, a Irmã Carla Giussani, de São Miguel do Guamá, e a Professora Maria Socorro Oliveira da Rocha, de Ourém.

Considerando a média da escola nas provas objetivas, elas ficaram respectivamente em 25ª, 45ª e 49ª colocações entre as 50 piores do Pará. Vinte e cinco escolas entre as 50 piores apresentam nível socioeconômico “Baixo”; 18 estão no nível “Médio Baixo”; e quatro delas nível “Médio.Apenas duas escolas avaliadas, das 50 com piores resultados, apresentam menos de 20% no indicador de permanência nas escolas. As duas são de Belém: as escolas estaduais Amílcar Alves Tupiassu e a Pinto Marques. Cinco escolas têm nível de permanência de 40 a 60% e outras 27 apresentam de 60 a 80% de permanência e as demais 16 escolas tem taxa de permanência acima de 80%.

FORA DAS SALAS

O Pará tem a maior taxa média de abandono escolar com 16,6%. Considerando o abandono médio não seriado, o Pará alcança um recorde negativo com 31,2%, o que significa que, a cada 10 estudantes paraenses que chegam ao Ensino Médio, três abandonam. Os dados foram divulgados este ano pelo movimento Todos Pela Educação.

O Estado do Pará também apresentava a maior taxa de distorção (idades não compatíveis com o nível escolar) registrada no Ensino Médio, um total de 52,8%, cerca de 3,4 vezes maior que a de São Paulo, que é de 15,3%, segundo “Todos Pela Educação”.

Mas não há coincidências destes fatores com o baixo desempenho das escolas. Avaliando o Índice de Desenvolvimento Humano, por exemplo, o Pará tem, historicamente, os municípios brasileiros com o mais baixo IDH do país. Mas entre as 50 com pior resultado, sete estão no município de Abaetetuba, que tem o 28º mais alto IDH entre os 144 municípios do Pará. Bragança, que é a 47ª no ranking de IDH, tem cinco escolas entre os piores resultados. Os dois municípios são classificados como índice médio de desenvolvimento humano e somam 23% do total de 50 escolas analisadas pelo DIÁRIO e por especialistas em educação.

Bagre, Portel e Melgaço, três cidades paraenses destacadas por terem o mais baixo IDH do país, têm, cada uma delas, uma escola estadual entre as 50 paraenses com piores resultados no Enem 2014, resultado que não chega a 10% do extrato avaliado. Entre as instituições de ensino paraenses, a pior avaliação foi a da escola estadual Manoel da Vera Cruz, localizada em Curralinho, no Marajó. A escola teve média de 430,88 nas provas objetivas. A escola pública paraense mais bem colocada no ranking foi a Escola Técnica Magalhães Barata, de Belém, que teve média de 544.56 nas provas objetivas e ficou na 4.135º posição, entre as 15.640 instituições de todo o país. A escola de Curralinho foi a 15.608ª no ranking.

(Diário do Pará)

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