Bandidos estão de olho nas armas dos policiais

No ano de 2014, entre os 23 policiais militares assassinados, ganhou destaque o caso do cabo Pet, ex-Rotam, que foi morto quando chegava em casa no bairro da Terra Firme em Belém.

Nesse ano o investigador Palha, lotado na Delegacia de Repreensão a Furtos e Roubos, acabou morto durante uma refrega armada em um assalto no conjunto Beija-Flor em Marituba. Esse crime continua sendo investigado pela Divisão de Homicídios.

Levantamentos feitos pelo DIÁRIO nos últimos dois meses de 2015 apontam que os policiais militares do Pará passaram a ser o alvo predileto de quadrilhas que “miram” seus atos criminosos contra esses profissionais tendo como meta suas armas que hoje representam o maior poder de fogo nas instituições de segurança pública.

É alarmante o número de armas roubadas de militares nesse início de ano, fato que vem acontecendo gradativamente desde o ano de 2010 quando os velhos revólveres calibre 38 foram substituídos por pistolas Ponto 40 que passou a ser a arma utilizada por todos os policiais militares e civis no Pará.

Uma das ações criminosas consiste em identificar o veículo usado por policiais e a frequência com que estaciona em lugares sendo que o próximo passo é encontrar o veículo arrombá-lo e subtrair a arma caso esta esteja dentro do veículo.

Outro passo levantado pelo DIÁRIO é mais sofisticado e fica por conta de um cadastro com placas de veículo que estão em um banco de dados de “vagabundos” que circulam na cidade em motocicletas e são avisados através de uma rede social onde o veículo foi localizado e então se parte para o arrombamento do carro ou através de chaves mestras ou quebrando os vidros em busca de uma arma de fogo.

A busca por este tipo de arma é o sonho de consumo de qualquer “assaltante” tanto que de posse de uma Ponto 40 eles se exibem em redes sociais, postando fotos como se eles representassem um troféu para a malandragem até mesmo pelo poder de fogo que estas armas detêm.

(Diário do Pará)