Lecheva mostra novamente potencial como treinador

Paraense por opção, o técnico do Independente, Lecheva, é um dos treinadores ‘locais’ mais prestigiados dos últimos anos. Ele começou a carreira como auxiliar técnico logo após ter encerrado as atividades como jogador dentro do Paysandu. Lá, ficou como supervisor e coordenador. Algumas vezes, a pedido de alguns técnicos, variava na função de supervisor e auxiliar técnico. Em 2012, assumiu a equipe bicolor na reta final da Série C, quando a equipe passava por problemas muito delicados e ainda assim conseguiu o acesso para a Série B.

“Depois do acesso, consegui minha manutenção no Paysandu em 2013, quando conquistamos o título de campeão paraense também e depois na Série B não houve continuidade no trabalho, fiquei apenas três jogos. E em 2014, cheguei aqui no Independente com vários problemas, mas acabamos fazendo um bom trabalho e terminamos em 3° lugar. E este ano estamos aí na decisão”, pontuou Lecheva.

O técnico conquistou o prestigio e o respeito não só da torcida bicolor e do Independente, mas também do Clube do Remo, adversário de hoje. Lecheva conta que recebeu o convite para comandar a equipe azulina este ano. “Fico muito feliz em saber desse prestígio, sendo sempre lembrado pelas equipes aqui do estado, principalmente a do Paysandu sempre cantando meu nome nos jogos em momentos ruins da equipe. Este ano tive o convite do Clube do Remo e vi com bons olhos porque estamos vivendo um momento diferente. Hoje não existe mais aquela história de um atleta que trabalhou em um time não poder trabalhar no outro. Só não fui porque o projeto que eu tinha acordado com a diretoria do Independente não me permitia deixar o Galo naquele momento, mas a gente fica feliz pela regularidade”, conta o técnico, frisando ainda que o segredo para a regularidade é o trabalho feito com seriedade.“Os atletas que já trabalhei ou que trabalho confiam em mim e se dedicam ao projeto”.

Tanta dedicação não vem de alguma valorização. Lecheva consolidou a carreira no Pará e garante se sentir paraense, mas lamenta a falta de valorização aos profissionais da terra. “Vejo uma valorização muito grande de quem vem de fora. Até com qualidade técnica duvidosa e trabalhos duvidosos em detrimento aos que estão aqui provando e comprovando no dia a dia que são profissionais capacitados, independente de serem jogadores ou técnicos. É preciso uma valorização maior. Deveria se olhar com outros olhos ou um pouquinho mais de tolerância para os profissionais daqui”, avalia.

(Diário do Pará)