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Políticas adotadas não estão surtindo efeito

Questionado sobre as medidas que o governo do Estado do Pará deve tomar para estancar o processo de insegurança, o sociólogo explicou que seu trabalho é o de oferecer dados como subsídio para que sejam feitos os diagnósticos pelas próprias estruturas de s

Questionado sobre as medidas que o governo do Estado do Pará deve tomar para estancar o processo de insegurança, o sociólogo explicou que seu trabalho é o de oferecer dados como subsídio para que sejam feitos os diagnósticos pelas próprias estruturas de segurança dos estados. Mas, segundo ele, no caso do Pará, é possível notar que “o problema tem a ver com a própria capacidade protetiva do sistema de segurança do Estado, com a capacidade investigativa, com os investimentos em segurança pública, com a falta de políticas de prevenção junto à juventude”.

Ele advertiu que, entre especialistas que atuam na área da segurança pública no Fórum Brasileiro, há uma clara visão de que as políticas adotadas pelo governo do Estado do Pará não estão surtindo efeito. “Ao analisarmos os dados, podemos perceber que o Pará está ficando muito atrasado nesta questão de estratégias de segurança”, reforçou.

Para o professor, não é possível afirmar que o envio ou não da Força Nacional de Segurança poderia contribuir para reduzir os índices de criminalidade de imediato. “Não sei, não posso dizer que a Força de Segurança ajudaria. Tem que haver uma discussão em nível federal, estadual e envolvendo também municípios e a população, enfim, entre todos os entes interessados em buscar soluções. Não existe uma receita pronta para as questões de segurança. O que serve para um Estado pode não servir para outro. O Pará tem uma universidade (UFPA) atuante em direitos humanos. Seria importante ouvir todos estes setores para fazer um diagnóstico. Tem que haver uma mobilização do aparelho da segurança pública com a participação de especialistas, da sociedade civil e da sociedade política”.

Dados divulgados pelo Mapa da Violência mostram que a evolução de mortes efetuadas com armas de fogo no período de 10 anos no Pará teve crescimento global de 204%. Ananindeua é a 3ª cidade do Brasil onde ocorrem mais crimes por arma de fogo. A taxa média de mortalidade no município por arma de fogo de jovens é de 228,0 para cada grupo de 100 mil habitantes. Índices acima de 100 mortes por 100 mil habitantes equivalem às de zona de guerra.

Outros municípios paraenses em que as mortes equivalem à zona de guerra são Marituba (170,9), Marabá (140,9) e Castanhal (101,0). Belém também pode ser considerada região em guerra, com taxa de óbitos por 100 mil habitantes de 108,7. O estudo mostra que as zonas metropolitanas das capitais, sem as mesmas condições de manter aparatos de segurança das vizinhas mais ricas, estão herdando os crimes e as mortes.

O DIÁRIO também teve acesso a dados usados pelo Sindicato de Policiais Civis do Pará (Sindpol). Segundo a Polícia Civil, de 2011 até abril de 2015, foram assassinadas no Pará 16.564 pessoas. De janeiro a abril deste ano, ocorreram 1.257 assassinatos.

(Diário do Pará)

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