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"Quero ser igual ao Chimbinha"

Quando criança, recordo bem, as aulas fora da sala de aula eram sempre as mais encantadoras. Acho que sempre pelas infinitas possibilidades de conhecer um mundo novo, além das já conhecidas paredes. Acredito que nada poderia ser mais especial do que uma a

Quando criança, recordo bem, as aulas fora da sala de aula eram sempre as mais encantadoras. Acho que sempre pelas infinitas possibilidades de conhecer um mundo novo, além das já conhecidas paredes. Acredito que nada poderia ser mais especial do que uma aula de música com o maestro da orquestra filarmônica do Brasil, Laércio Diniz, a frente de um concerto de músicas clássicas, mas que são popularmente conhecidas, em pleno Theatro da Paz.

André, 6 anos, tem síndrome de down, e era uma das poucas crianças que não fazia uma algazarra na plateia. Ele esperava compenetrado olhando para o palco, um pouco isolado e tímido. Para minha sorte, o lugar ao lado dele estava vago. E foi ali que me tornei criança de novo.

Ele não me olhava nos olhos, mas me disse que tocava violão. E quando perguntei o que iria acontecer naquela palco, ele respondeu: “Vai ter música, a melhor coisa do mundo”. André me tocou porque a música sempre alegrou meu coração, e os olhos dele não negavam, era o que ela também fazia com ele.

Compenetrado em cada nota da orquestra, André só deixava de ver o palco para me olhar e observar se eu estava tão contente quanto ele. E eu estava. Vibrávamos juntos ao ouvir as músicas clássicas mais conhecidas, que pareciam grandes novidades, como a “Sinfonia Nº 40”, de Mozart.

Ao final da apresentação, em um dos concertos didáticos feitos pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz para estudantes, ele estava agitado como as outras crianças. Eufórico, batia palmas e mais palmas para os músicos e o maestro. Laércio, a propósito, afirmou que pessoas com algum tipo de deficiência tinham uma sensibilidade mais apurada para as artes. O que André parece comprovar.

Tanto que ele já saiu decidido sobre qual tipo de música faria com seu violão. “Quero ser igual o Chimbinha”, disse o menino.

(Diário do Pará)

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